Reportagem publicada no site do Globo Esporte de Campinas e região que conta a história da Fátima, associada da ACFb e atleta da equipe Invictus, mais conhecida como “Fatola”! Parabenizamos a querida Fatola pela sua trajetória de superação e ficamos muito felizes em constatar a importância do Floorball na sua vida! Esperamos que possa jogar conosco por muitos e muitos anos!
Artigo original disponível em: https://globoesporte.globo.com/sp/campinas-e-regiao/noticia/faxineira-se-apega-ao-esporte-para-deixar-dependencia-quimica-sair-das-ruas-e-reatar-com-a-familia.ghtml
Faxineira se apega ao esporte para deixar dependência química, sair das ruas e reatar com a família
Fátima Aparecida da Silva é praticante do floorball, modalidade que mistura hóquei com futsal
Por Luiz Felipe Longo* — Campinas, SP
Sobram exemplos por aí de como o esporte tem o poder de transformar a vida das pessoas. O garoto que se achou no futebol, a menina que adotou o vôlei, e assim vai. Fátima Aparecida da Silva é mais um exemplo, com a diferença de que se apaixonou por uma modalidade praticamente desconhecida no Brasil: o floorball.
O GloboEsporte.com já contou aqui um pouco da história do esporte, que chegou ao país em 1998 e mistura hóquei e futsal. Mais que isso, o floorball serviu de trampolim para Fátima mudar de vida. A faxineira de 41 anos, mãe de três filhos, já viveu o mundo das drogas, chegou a morar nas ruas e perdeu contato com a família. Hoje, além da rotina profissional, se diverte nas quadras.
Fátima, ao centro, durante treino de floorball — Foto: Associação Campineira de Floorball
– Me envolvi com drogas antes dos 17 anos, era só uma criança, tinha tido meu primeiro filho. Comecei com a maconha, depois cocaína, tomei vários chás, até que cheguei no crack e acabei com minha vida. Perdi tudo o que eu tinha – disse ela, que completou.
“Morei um ano na rua com uma amiga. Minha família não me aceitava em casa, tinha medo que roubasse algo. Foi uma das piores fases, quanto mais usava drogas, mais eu queria usar para amenizar o sofrimento”.
A história de Fátima com o floorball começou em 2017, em uma visita ao Sesc durante um fim de semana com o então marido. Desde então, o esporte tem sido essencial para a mulher, que se apaga a ele para não sofrer com uma recaída e voltar ao mundo das drogas, de onde está longe há 20 anos.
Fátima é admirada por todos os companheiros de quadra. Diretor da Associação Campineira de Floorball e técnico da equipe Invictus, Guilherme Freitas acompanha o crescimento da mulher devido à modalidade, tanto fora quanto dentro de quadra. Para o treinador, a felicidade é o aspecto que mais chama atenção.
– Foi amor à primeira vista. Muito empolgada, frequenta todos os nossos treinos, esforça-se para acertar os exercícios e até se desculpa quando erra. Me impressionou sua educação e a forma educada para tratar os demais, deixando clara a felicidade durante treinos e jogos. Fico contente ao perceber que o floorball é importante em sua vida. Ela representa um esporte acessível, democrático e inclusivo – destacou o treinador.
Fátima pratica exercício durante o treinamento de floorball — Foto: Associação Campineira de Floorball
Hoje, Fátima é uma nova pessoa, e o floorball tem grande parcela nisso. Ela se acertou com os familiares e voltou a ter contato com os três filhos: Mário Henrique (26 anos), Daiana Shannon (19) e Daian Pablo (17).
*Estagiário colaborou sob supervisão de Murilo Borges
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